sábado, 10 de outubro de 2009

Minha vida-Parte I.

Um dia de ''Ricardo Gondim'', para refletir a existência .

Todos os leitores que acompanham esse mal escrito blog, conhecem Ricardo Gondim, o líder evangélico que considero o mais influente no meio intelectal da atualidade, e que lidera uma das mais importante Igrreja em São Paulo, a Assembléia de Deus Betesda.
Parece inacreditável, mas nunca peguei em sua mão, e também nunca sentei nas poltronas de seu templo, para degustar seus profundos sermões, que são recheados por ponderações e críticas ao sistema praguimático e espúrio que compõe os bastidores da maioria das igrejas da atualidade, e da postura dos políticos sem escrúpulo, que afundam nossa pátria dia a dia.
Amanhã completarei 33 anos. Terei a tão falada idade de Cristo. Já vivi cerca de 40 % da minha vida. Tive uma infãncia pobre financeiramente, porém rica em relacionamentos, na pacata Colinas de Goías. Hoje, Colinas do Tocantins. Uma juventude marcada pelo envolvimento religioso, e estou entrando na maturidade, me embrenhando na política.
Parei hoje, para fazer uma espécie de balanço. Dividi minha vida em três partes: a infância inequecível, no interior Goiano, onde só me preocupava em jogar bola, e nadar nos rios da região. A juventude, onde me apaixonei por Cristo, e constituí família. E a presente fase, onde estou lutando para para aprender a engatinhar na política, e quem sabe um dia andar sobre ela.
Da infância a melhor recordação que tenho, é o poema escrito por meu avô a próprio punho.
Cujo título era: Saudades. Já que ele havia me criado desde dois meses de idade até os 12 anos.
Seu Manoel, como era conhecido, faleceu com 81 anos. É a pessoa mais honesta que já conheci. Kardecista roxo, saía todos os domingos pela manhã, com um amigo que tinha uma pequena fábrica de lajes pré fabricadas, para arrecadar em todos os supermercados da cidade, as sobras de legumes, para fazer uma farta sopa, que era servido a uma população carente, que residia em um bairro muito pobre, denominado Caieiras.
Nossa casa embora simples era nas proximidades da área central, e frequentada pelas ''celebridades da cidade''. Fruto da venda do pequeno sítio, que possuiu por muitos anos.
Devido a forte atuação religiosa, de meu avô, era comum ver médicos e fazendeiros, se sentarem com ele, em baixo de uma árvore frondosa, que havia em frente da nossa casa, que de tão frequentada, era praticamente um escritório a céu aberto.
Cansei de ouvir meu avô, responder de forma firme aos que lhe ofereciam dinheiro, após ouvir seus conselhos: procure uma pessoa nessecitada, e faça algo por ela.
Nunca o chamei de vô. Sempre me dirigia a ele e à minha avó como pais. Minha avó, dona Geralda, vivia contando e recontando as histórias de seus ancestrais, que vieram de Angola, na África. E a maneira romântica, que ela conheceu seu Manoel, em Catalão-GO.
Nessa fase, acredito que recebi, a base para o que sou hoje, que foi a sede pela leitura, herdada por presenciar meu avô, esplanar para a expressiva e celeta platéia, as teses de Kardec.
Pois ele era presidente da entidade religiosa do município.
Ambos fizeram o possível para que minha infância fosse suprida por carinho, já que minha mãe, havia me deixado aos seus cuidados, para vir tentar a sorte em Limeira. Hoje dona Antonia, mora no Jd. Santina. Me trouxe, quando eu completei 12 anos. Não ficou rica, mas coseguiu realisar o sonho da maioria dos brasileiros: a casa própria.
Quando cheguei aqui sofri muito, por sentir saudades de meus avós/pais. Quando pensei em retornar, por não aguentar a saudade, escrevi uma carta, para seu Manoel.
Já estava com 14 anos, e não conseguia pensar em outra coisa, que não fosse o rosto do casal de idosos.
Após isso veio a resposta:
Saudades:
''Saí pela manhã, em um dia chuva bem sereno. Andei muito, e à tarde estava te vendo''.

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