Combate ao fumo
Bispo Rodovalho - 25-3-2008
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Foi protocolado na Câmara dos Deputados um projeto de lei que suprime os espaços reservados aos fumantes. Na justificativa desse projeto foi lembrado que os fumantes produzem os fumantes passivos. E todo o Brasil precisa estar a par de alguns dados. Por exemplo: os fumantes passivos têm 23% a mais de probabilidade de contrair doenças cardiovasculares; 30% a mais de chance de ter câncer de pulmão; e 24% a mais de probabilidade de ter um enfarto.
As pessoas que queiram fumar que fumem ao ar livre, o que já será um dano à natureza, mas, pelo menos, não atingirá diretamente uma pessoa que trabalha no mesmo ambiente e está exposta ao fumo de forma indireta.
Segundo o Dr. Luiz Antonio Santini, Diretor-Geral do Instituto Nacional do Câncer — INCA, o custo da saúde pública com as doenças derivadas do fumo é 2 vezes maior do que todos os impostos arrecadados com esse produto. Não é justo uma grande indústria lucrar e toda a sociedade pagar a conta.
Creio que todos os fumantes gostariam de se ver livres desse vício. No Brasil, de 200 a 250 mil pessoas ao ano são vítimas fatais de doenças em conseqüência do fumo. No mundo, o número chega a quase 5 milhões de pessoas, quase 10 mil pessoas ao dia. Realmente, é uma epidemia.
No Brasil, nos últimos 15 anos, houve um crescimento de 12,9% para 25,2% de pessoas que se tornaram dependentes do cigarro. Entre os homens fumantes houve um aumento de 23.4% e, entre as mulheres, de 20%. Em todo o mundo, também nos últimos 15 anos, 47% das pessoas aprenderam a fumar.
As políticas públicas e as iniciativas do Ministério da Saúde e dos demais órgãos governamentais têm de estar voltadas para a conscientização da população. É preciso proibir as propagandas de cigarro em horário nobre e o patrocínio de indústrias de cigarro nos grandes eventos, como Copa do Mundo, e assim por diante.
O autor é Bispo da Comunidade Sara Nossa Terra, e deputado Federal.
Fonte:www.saranossaterra.com.br
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