Reflexão.

Dívida externa brasileira.
O Governo e toda a mídia brasileira comemoraram em fevereiro o fato de, pela primeira vez na história, o Brasil ter crédito em depósitos maior do que sua dívida externa, incluindo as dívidas do setor privado. O saldo positivo brasileiro extrapola em mais de U$ 4 bilhões de dólares. Esta é uma das melhores notícias que o país recebeu nos últimos anos. Chegamos ao ponto de o presidente Lula vislumbrar uma nova possibilidade de endividamento, para reconstruir nossa infra-estrutura.
Passamos anos, e até séculos, lutando e protestando contra a dívida externa. Partidos políticos fizeram deste protesto sua principal bandeira de luta. Hoje o momento é outro.
Esta festa seria completa no setor financeiro se não estivéssemos esquecendo um outro lado tão, ou mais importante, do que a dívida externa, que é a dívida interna. Ela ultrapassa mais de 1 trilhão e duzentos bilhões de reais. E sobe, a cada dia, alucinantemente.
Pode-se dizer que a dívida interna diminui na relação com o PIB. Porém, isso só acontece por causa do crescimento e da arrecadação acima do estimado que aconteceu no ano passado.
Dívidas internas são bem mais audaciosas do que quando se deve externamente. Ou seja, trouxemos para o nosso colo responsabilidades de um risco constante. Caso o país perca seu “poder de pagamento dos juros“, isso atingirá diretamente nossa economia interna, sacrificando nossos aposentados, funcionários públicos e até quem possui poupança. Exatamente como aconteceu com a Argentina.
Mas estas são “pré-visões” agoureiras. Por enquanto, o Brasil se tornou a noiva cobiçada de todo mercado externo. Nosso juro é o segundo mais alto do mundo, nossa poupança externa está nos calçando e nosso mercado interno está crescendo. Ou seja, quem investir aqui, provavelmente estará atraindo grandes lucros.
Viva o Brasil, e que Deus nos dê juízo para utilizarmos este momento, da melhor forma possível.
Por Bispo Rodovalho, dep. federal e bispo da Comunidade Sara nossa Terra.
fonte: www.saranossaterra.com.br